ESTÃO MUDANDO A ESCRITA
O modo sintético de escrever que virou padrão nas formas de escrever nos bate-papos na internet é uma linguagem que provoca muitas reações adversas nos educadores.. Para um leigo parece ser uma linguagem enigmática. A palavra casa que quando escrita com z ao invés de s é considerada ortograficamente incorreta, acaba figurando como ksa. Dessa forma na sala de aula a linguagem é linear.
Para o domínio da escrita exige-se do aluno que ele escreva textos com início, meio e fim, que as frases tenham um cuidado com a ortografia, as construções lingüísticas e a coerência textual, por outro lado, a escrita nas salas de bate-papo é muito sedutora e diferente. Também, a leitura do texto produzido em sala de aula tem muitas vezes um único leitor – o professor – e, quando editado em rede, amplia-se o campo de leitores.
Exemplo disto são os atuais edublogs ( blogs educativos ) que são uma ferramenta capaz de resgatar a escrita, com muita criatividade diante dos recursos disponíveis. levando a reelaboração e contextualização de atividades quando estas fazem parte da intencionalidade no planejamento do professor.
Ações pedagógicas direcionadas à esta realidade é o caminho mais coerente e condiscente com o contexto. Usar atividades lingüistícas que revertam a situação dos “padrões” vistos em bate-papos. Elaborar projetos direcionados a alternativas que construirão e constituirão formas de reverter essa nova linguagem. Proporcionar-se-á, assim, condições de que esta nova geração tenha um novo olhar para esta nova escrita.
Estar certo do que queremos, enquanto professores, atualizados e inseridos à este
contexto, é o que faz com que não vejamos como um percalço em nosso caminho, a da informática. Pois, ela veio para ficar.
Usar e abusar é o segredo para não nos perdermos. Buscar alternativas, criar,
inovar dentro desta maravilha do mundo atual.
Condições e situações podem fazer toda a diferença. Reverter, adequar, mudar, construir, são formas de trabalhar esta nova escrita.
Vamos nos aliar aos “enigmas”, muitas vezes desprezíveis, como ferramentas para nossas propostas pedagógicas.
A escrita é a comprovação da linguagem falada. Quando ocorre de forma inversa, é porque novos padrões estão surgindo e dando outro significado às formas de linguagem. Não podemos permitir que isto ocorra, pois estaremos esquecendo nossas origens e nossa história.A conjugação da leitura e da escrita é que fará com que o aluno constitua-se um leitor e escritor proficiente.
Direcionar nossos caminhos, inovar, instrumentar; trabalhar com as novas tecnologias, é construir um caminho sem desmistificar a linguagem, pois comprovadamente, toda linguagem que não for falada ou vista, com o tempo se tornar-se-á esquecida e, até, desconhecida; e, outras surgirão no seu lugar.